Mercado profissional oferece produtos, equipamentos e serviços que possibilitam a limpeza sustentável de pisos

Os avanços tecnológicos permitem limpar pisos com economia de água, energia e produtos, portanto, de modo mais sustentável.

Mesmo naqueles pisos com a sujeira mais impregnada é possível a limpeza eficiente com menos consumo de recursos.

Se de um lado estão as possibilidades proporcionadas pelas inovações, na outra ponta as empresas buscam certificações que as apresentem como organizações aptas a promover a limpeza sustentável.

Para o mercado da limpeza, ter o Rótulo Ecológico ABNT, por exemplo, é uma garantia de que um produto tem menor impacto ambiental.

Concedido pela ABNT Certificadora, o rótulo ecológico possui uma metodologia voluntária e atesta o desempenho ambiental de produtos ou serviços avaliados com base em critérios múltiplos previamente definidos.

Marina Brito, assistente técnica da ABNT Certificadora, afirma que o fato de uma organização obter a certificação do rótulo ecológico traz a garantia de que a prestação de serviço e o produto de limpeza apresentam menores impactos ao meio ambiente.

Mercado da limpeza já soma empresas certificadas

Gauthama Nassif, CSO da Verzani & Sandrini

Gauthama Nassif, CSO da Verzani & Sandrini, considera que o compromisso com o meio ambiente se tornou uma missão compartilhada por todas as empresas de todos os setores.

E acrescenta que na área de limpeza profissional, o uso consciente de água e energia nos processos operacionais bem como a aplicação de produtos biodegradáveis são práticas cada dia mais consolidadas.

“Temos de trabalhar para encontrar, nos mínimos detalhes, alternativas que nos permitam entregar soluções que alcancem os níveis de excelência esperados pelo mercado sem perder de vista a necessidade de reduzir o impacto ambiental. As certificações são essenciais nesse sentido, já que atestam quais são as marcas, soluções e processos que, de fato, atingiram um novo nível de qualidade e respeito pelo meio ambiente, de maneira tangível e controlada”, pondera Nassif.

Jefferson Kirol, do Grupo Pro Security

Para Jefferson Kirol, coordenador de Facilites do Grupo Pro Security, do qual faz parte a empresa de limpeza Pro Clean, é preciso aperfeiçoar os resultados por meio de processos, produtos, equipamentos, maquinários e técnicas modernas de limpeza e conservação, objetivando padronizar o aceitável com o mínimo exigido e mantendo a excelência.

“O meio ambiente está cada vez mais precisando de nossa ajuda para que tenhamos acesso aos recursos naturais por mais tempo e para evitar catástrofes e desastres ambientais. Há diversas alternativas que podemos adotar no dia a dia ou torná-las mais viáveis e entre elas estão os produtos biodegradáveis”, pontua Kirol.

Para conquistar o Selo Verde

A atribuição do Rótulo Ecológico (Selo Verde) leva em conta os impactos ao longo de todo ciclo de vida dos produtos, desde a extração da matéria-prima, passando pelo processamento, transporte, uso e a destinação final dos materiais e produtos.

“É possível que um fabricante desenvolva uma formulação que atenda ao objetivo proposto, no caso a limpeza de pisos, e, ao mesmo tempo, não seja agressivo ao meio ambiente. Durante o processo de certificação do rótulo ecológico, o produto de limpeza é submetido a ensaios de adequação ao uso, em que comprova a eficácia, ao mesmo tempo em que sua formulação é avaliada para que não haja componentes tóxicos ao ser humano nem ao ambiente aquático”, explica Marina.

Marina Brito, assistente técnica da ABNT Certificadora

Assim, o processo de certificação de um produto de limpeza avalia a organização em diversos itens, conforme a PE-344, que atesta que os produtos de limpeza têm baixo impacto ambiental e para a saúde, sendo o principal ponto a composição do produto.

“Deve ser adequado ao uso, não pode conter substâncias cancerígenas, mutagênicas nem ser tóxico aos humanos. Ele deve ser biodegradável, estar na faixa de pH adequada, não utilizar corantes nem fragrâncias restritas”, resume Marina.

Já no caso da certificação do serviço de limpeza, o principal ponto é a gestão do serviço prestado e garantia de que segue continuamente os procedimentos elaborados em alinhamento com os critérios do PE-311 (que é o rótulo ecológico para serviços de limpeza).

Ademais, a empresa também assume o compromisso de utilizar produtos de limpeza em conformidade com o PE-344.

Transformações na prática

A InService conquistou algumas certificações, como a da ABNT, e defende a importância de alinhar os procedimentos da limpeza com as transformações trazidas pela tecnologia e as demandas ambientais.

Tiago Aguiar, da InService

Nesse sentido, entre os processos indicados, Tiago Aguiar, diretor técnico da empresa, destaca o uso das lavadoras, que reduzem, em média, até 80% o consumo de água e 50% do tempo de mão de obra.

As máquinas de alta pressão economizam água ao mesmo tempo que oferecem melhor performance para a execução da limpeza.

Segundo Aguiar, dependendo do nível de sujidade, é possível em uma limpeza de conservação lavar o piso sem o uso de produtos químicos, utilizando apenas o jato de água.

Isso porque “os equipamentos mais modernos permitem ativar as moléculas da água tornando-a uma espécie de solução multiuso para a limpeza”, explica.

“E a mecanização ainda proporciona maior conforto para o trabalhador”, pontua ao citar que os equipamentos mais modernos prezam pela ergonomia.

Aliás, as condições de trabalho são pontos que pesam na avaliação de uma organização para obter uma certificação como o Selo Verde.

Além de capacitar toda a equipe, seja no manuseio de produtos químicos ou para o uso de máquinas e equipamentos, é fundamental orientar sobre procedimentos perigosos de forma a minimizar a exposição a riscos, bem como fornecer instruções sobre o que deve ser feito caso ocorra algum tipo de acidente.

Meio ambiente e bolso ganham ao mesmo tempo

De modo geral, fica clara a importância de rever os processos utilizados para a limpeza, otimizando tempo, recursos e pensando no colaborador.

Na limpeza de pisos, as varredeiras se tornam uma opção bastante interessante para áreas externas, galpões industriais, garagens de condomínios, entre outros locais, por sua capacidade de limpar sem o uso de outros recursos como água e químicos.

O conhecimento sobre o procedimento adequado também contribui para o consumo na medida exata dos produtos.

Ernesto Brezzi, apresentador do Higicast

Acatar as recomendações dos fabricantes, manter o cuidado com a diluição de químicos e respeitar o tempo de atuação indicado para cada tipo de produto, não só gera segurança como economia de dinheiro.

Muitos trabalhadores têm a ideia equivocada de que adicionar mais produto contribui para melhores resultados. Entretanto, trata-se de gasto desnecessário.

“Tem que deixar o produto interagir com a molécula de sujidade para que a ação mecânica possa ser eficaz”, explica Ernesto Brezzi, ex-presidente da Abralimp e apresentador do Higicast, o podcast da Abralimp.

Brezzi também destaca a importância do plano para a limpeza, que é o caminho para que ela dure o máximo possível e gere economia para os contratos.

Mercado da limpeza profissional cresce também em ações sustentáveis

Produtos vegetais mostram sua eficiência

Rubens Scavassa, gestor de clientes da Terpenoil, empresa que desenvolve produtos com alto grau de vegetalização, ressalta a importância de contar com itens na limpeza que sejam “amigáveis com quem trabalha”.

Para tanto, é preciso usar a tecnologia para desenvolver produtos com baixa toxicidade, hipoalergênicos e que favorecem a redução do uso de água (tanto no processo produtivo quanto nos procedimentos da limpeza).

Scavassa cita que o mercado oferece desinfetantes desenvolvidos a partir de componentes naturais, com ação imediata e capazes de eliminar em 30 segundos 99,99 % das bactérias.

Uma nova postura

E os clientes estão de olho na importância da sustentabilidade.

Segundo Scavassa, a nova geração de consumidores entende até mesmo que não existe a necessidade de grande espumação para promover a limpeza.

Em suma, carpetes, pisos vinílicos, cerâmicos, porcelanatos, laminados, enfim, as mais diversas superfícies podem ser limpas com linhas totalmente sustentáveis.

“E não existe diferença na forma de aplicação, sendo o mesmo processo de outros produtos químicos convencionais utilizados para a limpeza de pisos”, compara Scavassa.

Sem profissionalizar, êxito fica distante

Mas para que o processo ocorra com eficiência e os resultados sejam bons é preciso profissionalizar o setor, afirma Dennis Willian Conceição, sócio-fundador da Ecolog.

Dennis Willian Conceição, da Ecolog

“A falta de conhecimento ainda é grande. Usam-se produtos domésticos para limpar ambientes corporativos. É necessário ter acesso à gama de produtos. Esse é um dos maiores entraves, pois as pessoas acham que estão limpando, quando o processo não está adequado”, pontua.

Segundo Conceição, a lista de compras é bastante reduzida quando há conhecimento e planejamento para a execução da limpeza.

E reforça que limpeza “não é só espuma”, sendo importante buscar produtos e equipamentos alinhados com a redução de consumo de recursos naturais.

Portanto, somente quem conhece as técnicas pode adotar os melhores processos e otimizar a limpeza, seja no modo convencional ou com um viés mais sustentável.

Vale citar que o Rótulo Ecológico da ABNT (Beija-Flor) existe desde 1995 e os programas de produtos e de serviços de limpeza foram desenvolvidos em 2019 em parceria com a Abralimp.

Se você quer saber mais sobre limpeza de pisos e sustentabilidade, acompanhe a revista Higiplus.

Aproveitando, separamos algumas dicas de leitura. Veja a seguir.

Fonte: Abralimp

Fotos: Divulgação / Freepik  / Freepik

Fonte: https://revistahigiplus.abralimp.org.br/

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